Depois mostrarei meu projeto final para vocês. Mas enquanto arrumo a publicação queria deixar para vocês verem sobre esta obra de arte.
No curso, tinha uma garota (Mariana) que faz estes tipos de ovos e deu de presente de amigo secreto. Não consegui pegar, mas como achei magnifico quis colocar a explicação aqui para vocês.
Estes ovos são todos pintados à mão!!! Pois é, estes mini desenhos são feitos por mãos de ouro.
Gostou?? Quer saber mais sobre a história deles? Então acompanhe abaixo e se divirtam.
Até a próxima.
BREVE HISTÓRIA DA PÊSSANKA
A origem da pêssanka ainda não foi totalmente desvendada. O termo “pêssanka” é proveniente do verbo “pyssaty” que significa “escrever”. Arqueólogos descobriram nas ruínas da igreja de Krylos, no coração da antiga Galícia, em 1992, na Ucrânia Ocidental, uma pêssanka de cerâmica datada de 1300 a.C. o que leva a acreditar que os mais antigos ovos “escritos”, produzidos com ferramentas rudimentares, poderiam ter sido criados pelo povo ancestral da cultura Trypillia, que vivia em vasta área do território ucraniano, desde 3000 anos a.C.

Os ucranianos, assim como outros povos antigos, veneravam o sol, o Dajbóh, e a ele ofereciam homenagens, pois novamente traria luz e calor à Terra e assim gradativamente o verde substituiria o branco da neve, as flores voltariam a desabrochar, as árvores ofereceriam seus frutos ao povo que poderia trabalhar a terra para obter seu sustento.
Nesta festa eram oferecidas pêssankas a Dajbóh e aos entes da natureza, fazendo seus agradecimentos pelas colheitas e também firmando seus pedidos para que a terra continuasse produzindo tudo aquilo do que necessitavam para viver. Estas pêssankas eram enterradas no campo, nas lavouras, pois deveriam ser presentes aos amados entes da natureza.
Uma explicação para tal interesse do ser humano antigo pelo ovo, reside no fato dele possuir uma magia incrível, pois através dele, de uma forma simples e rude, surge a vida.
As festas da Primavera era um evento alegre. Desde o início deste dia o povo estava em festa, era acesa uma grande fogueira no meio da aldeia e todos comemoravam a chegada de Dajbóh, no exato momento do Solstício de Primavera.

As ferramentas para a arte de escrever as Pêssankas evoluíram gradativamente e com elas o homem conseguiu melhorar suas condições materiais e também os resultados, surgindo melhores definições daquilo que desejava expressar.

Astutamente, a solução encontrada pela igreja foi adaptação destes antigos costumes, aos símbolos cristãos, ou seja, permitiam e até apoiavam o povo à manter essas tradições consideradas pagãs, mas atribuíam a eles um simbolismo correlato ao cristianismo.
A antiga e tradicional Festa da Primavera, transformou-se na Páscoa Cristã, por se tratar da mesma época. O povo continuava com os antigos festejos, mas mudava-se gradativamente o sentido da ocasião festiva. As pêssankas, continuaram existindo, o povo não deixou o costume de colorir ovos para expressar seus sentimentos, mas o clero religioso fez com que se abandonassem as crenças nos entes da natureza, deviam ser extintos os costumes tidos como pagãos.

Passou-se então a se fazer pêssankas para dar aos parentes e amigos respeitados, na época da Páscoa, para expressar através delas, tudo aquilo que desejavam a seus entes queridos. As pequenas obras de arte também passaram a aparecer em datas importantes, como casamentos e nascimentos, como materialização das boas intenções que se queria expressar.
Na conturbada história da Ucrânia, o povo passou por muitos períodos de instabilidade social, tendo muitas vezes a miséria e a opressão imperando sobre seus lares. Domínios russos, poloneses, austríacos, húngaros, duas guerras mundiais e o comunismo.
Durante o regime comunista e ateísta as pêssankas foram proibidas no país, mas continuaram a serem produzidas longe das grandes cidades. No Brasil, assim como em outros países que há descendentes de ucranianos são produzidos na época da páscoa.

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